Parece ser uma
característica do ser humano reunir elementos em grupos a partir de certos
critérios. Esse ramo da Biologia é chamado de classificação ou
taxonomia. Ele faz uso da sistemática, área que estuda a
diversidade biológica, caracterizando seres, dando-lhes um nome científico,
desenvolvendo critérios para organizar essa diversidade e formando grupos de
acordo com as características mais importantes. Cabe à taxonomia apresentar
esses resultados organizando os seres vivos em categorias hierárquicas,
chamadas de categorias taxonômicas. A classificação de seres vivos
não é uma exceção e muito menos algo exclusivo da sociedade moderna ou
contemporânea, apesar de que tenha mudado muito. Por exemplo, naturalistas do
século XVIII acreditavam na existência de 10 mil tipos distintos de forma de
vida, porém desde então taxonomistas já identificaram mais de 2 milhões de
espécies biológicas e acreditam existir um número muito maior. Essa imensa
variedade é uma das razões que levaram à criação desse sistema, pois dessa
forma seria mais fácil o seu estudo. Estabelece-se então, uma árvore
filogenética (um esquema que expressa a sequência de origem de
diversos seres vivos, demonstra as relações de parentesco evolutivo).

Além das categorias taxonômicas, Lineu também apresentou um sistema de nomenclatura biológica. Nele são utilizadas somente expressões binomiais formadas pelo nome do gênero e da espécie do ser.
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Livro Fundamentos da Biologia Moderna, Amabis e Martho
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1. Categorias Taxonômicas
Carl von
Linnée foi o criador das categorias taxonômicas tendo como principal critério
as características estruturais e anatômicas dos seres vivos. A mais básica é a espécie,
definida como um grupo de populações com indivíduos capazes de cruzar entre si
e produzir descendentes férteis, não sendo capazes de cruzar com outros grupos.
Logo depois vem o gênero que inclui diferentes espécies muito
semelhantes. Gêneros semelhantes formam famílias e essas
semelhantes formam ordens. Depois de Lineu foram criadas outras
categorias: as classes, os filos, os reinos e
os domínios.
Nomenclatura

Além das categorias taxonômicas, Lineu também apresentou um sistema de nomenclatura biológica. Nele são utilizadas somente expressões binomiais formadas pelo nome do gênero e da espécie do ser.
Regras internacionais de nomenclatura
-
Todos os nomes científicos devem ser escritos em
latim; se derivarem de outra língua, deverão ser latinizados.
- Os
termos que indicam gênero devem ter inicial maiúscula, o nome específico
em inicial minúscula.
- O
nome das espécies é duplo (binomial) e escrito em itálico,
quando em texto impresso, ou sublinhado, quando escrito à mão.
- No
caso de repetição do nome de uma espécie, ele pode ser abreviado a partir
da segunda ocorrência. Ex.: Musca domestica (mosca) à M.
domestica.
-
O autor do nome científico deve ser colocado após a
espécie seguido do ano. Ex.: Trypanosoma cruzi Chagas,
1909;
-
Quando uma espécie é transferida de um gênero para outro ou é
mudado, o nome do autor da primeira denominação é colocado entre
parênteses;
- Quando o texto
se refere ao gênero como um todo, e não a uma determinada espécie, o nome
pode seguido apenas pela abreviação "sp.".
2.Evolução
Antigamente,
existia o chamado fixismo, que acreditava que as espécies eram
imutáveis e já haviam surgido como são hoje. Com o aparecimento das ideias
evolucionistas de Charles Darwin e Alfred R. Wallace surgiu a concepção de
evolução que favoreceu a criação de sistemas que levavam em consideração o
parentesco evolutivo das espécies. É possível listar alguns fatores que levam a
um processo evolutivo:
- Seleção natural: esse é o processo que dita
que quem sobrevive é o"mais forte", ou seja, quando certos
indivíduos de uma população possuem características que aumentem suas
chances de sobrevivência, eles tendem a se reproduzir mais e, ao longo do
tempo, mais indivíduos terão essa característica. Por outro lado, se há
indivíduos que possuem características que diminuam suas chances de
sobrevivência e reprodução, com o tempo, menos indivíduos terão essas
características;
- Mutação: quando um indivíduo nasce
com alterações genéticas. Nessa caso, se essas alterações aumentarem sua
chance de sobrevivência, haverá mais chance de reprodução e ao longo do
tempo mais indivíduos terão essas mesmas alterações;
- Isolamento geográfico: esse fator pode impedir o
cruzamento entre indivíduos de uma mesma espécie tanto que, com o tempo e
com os processos evolutivos ainda agindo, essas espécies podem se tornar
tão diferentes que não sejam mais capazes de reproduzirem entre si;
- Cladogênese: processo de especiação no
qual uma espécie dá origem a duas ou mais novas espécies;
- Anagênese: processo de especiação no
qual através do acúmulo de diversas mudanças que um grupo sofre uma nova
espécie se origina.
3.Filogenética


Através de árvores filogenéticas
ou cladogramas é possível representar o parentesco evolutivo das espécies. Para
interpretá-los é preciso saber algumas coisas:
Clado:
grupo de organismos em que todos têm um único ancestral comum, chamado
monofilético; grupos de espécies que descendem de ancestrais diferentes são
chamados profiléticos;
Clados
menores: formados com todos os descendentes de um ancestral exclusivo que
compartilha uma ou mais novidades evolutivas;
Nós: representam o processo de cladogênese que originou os outros dois ramos a
partir de uma espécie em comum;
O fim do
ramo do cladograma apresenta as espécies mais recentes
4.Reinos
4.Reinos
Reino
|
Organismos
|
Procariontes ou Eucariontes
|
Nutrição
|
Respiração
|
Monera
|
Bactérias (unicelulares)
|
Procariontes e presença de
parede celular
|
Muitas heterotróficas e algumas
autotróficas (cianobactérias)
|
Anaeróbia ou aeróbia, sem
presença de mitocôndria.
|
Protista
|
Protozoários e a maioria das
algas unicelulares e pluricelulares.
|
Eucariontes e presença de
parede celular
|
Autotrófica: algas unicelulares
e pluricelulares
Heterotrófica: protozoários
|
Aeróbia, presença de
mitocôndria.
|
Plantae
|
Plantas terrestres
(pluricelulares)
|
Eucariontes e presença de
parede celular e de cloroplasto
|
Autotrófica (fotossíntese)
|
Aeróbia, presença de
mitocôndria
|
Animalia
|
Animais (pluricelulares)
|
Eucariontes e ausência e parede
celular
|
Heterotrófica por ingestão
|
Aeróbia, presença de
mitocôndria
|
Fungi
|
Fungos (pluricelulares)
|
Procariontes e presença de
parede celular
|
Heterotrófica por absorção
|
Aeróbia, presença de
mitocôndria
|
5.Domínios
A classificação de domínios foi proposta em 1990 pelo biólogo Carl Woese. Ela leva em conta as semelhanças e diferenças moleculares entre ácidos nucleicos e certas proteínas dos seres vivos. Existem três domínios:
- Arqueas: microrganismos muito semelhantes as bactérias e que só foram diferenciados após análises moleculares. Eles costumam viver em condições extremas;
- Bactérias: bactérias e cianobactérias;
- Eucariotos: seres eucarióticos, unicelulares e pluricelulares dos reinos Protoctista, Fungi, Metaphyta e Metazoa.
Fontes:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAMwYAE/cladogramahttp://cenouradoce.blogspot.com.br/
http://www.estudopratico.com.br/nomenclatura-cientifica/
Livro Ser protagonista, Biologia Ensino Médio 2º ano
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